domingo, 1 de julho de 2012

Camisa de força está na moda (?!)

 
 
Não se saber quem foi o designer da camisa de força, aquela que manietava pacientes de hospício e que, na era vitoriana, foi instrumento de tortura. Mas a vestimenta de triste lembrança tem alegre noite de passarela, neste sábado 30, no desfile de Alexandre Linhares no 6° Paraná Business Collection. E cada cadeira da platéia estará uma gravura numerada, alusiva ao tema, feita pelo próprio estilista que comanda a marca Heroína. As estampas da coleção também foram feitas por ele, “a partir de imagens anônimas, de criações abstratas, de expressões veladas, com contribuição da fotógrafa Gio Soifer”.
“Nós não acreditamos em limites. Limite é a fronteira máxima que o outro teve coragem de ir. O nosso propósito é ir além”, justifica Alexandre a propósito do tema da coleção, afinal, camisa de força paralisa os movimentos, impede qualquer transgressão, segura as fronteiras. A idéia vem sendo estudada, revela ele, “há dois anos, numa gestação difícil e atormentadora. E ela é pura”.
O estilista conta com Thifany nos bordados de todas as peças, com as jóias do designer Rodrigo Alarcón, sapatos da loja Estilo Próprio Calçados, trilha sonora, gravada nos estúdios da UGCine,  musicada por César Munhoz. “Talvez, essa trilha seja a música mais incrível que eu já ouvi, desde Carcará”, diz Alexandre, fã de Maria Bethânia.
O PBC, realizado pelo Conselho Setorial da Indústria do Vestuário e Têxtil do Paraná da Fiep e Sebrae-PR, termina neste sábado. O desfile da Heroína será com os dez jovens mas já estabelecidos criadores do Paraná, o projeto Ideia Nova. Neste sábado, o apagar das luzes do evento registra ainda o desfile dos doze finalistas do Prêmio João Turin.
 
Para ler a matéria original da Adélia Maria Lopes publicada no Indústria e Comércio, clique aqui:

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